✔ Descontos Recordes e Novas Regras: Destaques da Semana em Leilões de Imóveis no RJ

Nessa últimas semanas de abril/2025, o mercado de leilões de imóveis no Rio de Janeiro trouxe novidades quentes para investidores.

Grandes bancos estão leiloando centenas de propriedades com descontos expressivos, enquanto decisões judiciais recentes aumentam a segurança jurídica nas arrematações.

Além disso, dados do setor revelam tendências importantes – como o crescimento da oferta de imóveis retomados – que podem representar oportunidades únicas.

A seguir, reunimos os principais assuntos e notícias dos últimos 7 dias relacionados a leilões judiciais e extrajudiciais de imóveis no estado do RJ, focando nos pontos mais relevantes para investidores imobiliários.

Leilões Bancários Oferecem Descontos Elevados

Alguns dos maiores bancos do país aproveitaram a semana para promover leilões extrajudiciais de imóveis com valores atrativos.

O Banco Itaú, por exemplo, está realizando entre os dias 28 e 30 de abril um leilão de aproximadamente 350 imóveis – incluindo apartamentos, casas, salas comerciais, terrenos urbanos e rurais – em diversos estados, inclusive no Rio de Janeiro​.

A operação ocorre via plataformas online (Zuk Leilões e Taba Leilões) e conta com lances iniciais a partir de R$ 27,8 mil​. Segundo a organização, os imóveis estão com descontos que podem chegar a 64% abaixo do valor de mercado​, havendo opções de pagamento à vista ou até financiamento pelo próprio banco em alguns casos.

Outra grande oportunidade vem do Banco Bradesco, que também está leiloando imóveis com abatimentos impressionantes. Em dois certames realizados pela plataforma Leilão VIP, o Bradesco colocou 50 lotes à venda, divididos em dois eventos – um no dia 29 de abril e outro agendado para 5 de maio.

No leilão de 29/04 foram ofertados 25 imóveis distribuídos por diversos estados (entre eles Rio de Janeiro, Bahia, Pernambuco, Pará, Tocantins, entre outros) com descontos que alcançam até 81% sobre o valor de avaliação. No segundo leilão, em 05/05, serão leiloados outros 25 imóveis em regiões adicionais do país​.

Todos esses leilões ocorrem exclusivamente online, tornando fácil a participação de investidores de qualquer localidade.

Importante destacar que, muitas vezes, os bancos oferecem condições vantajosas nesses leilões – por exemplo, imóveis sem dívidas de IPTU ou condomínio e possibilidade de financiamento bancário – tornando-os ainda mais atrativos para quem deseja investir com segurança.

Vale lembrar: quem pretende arrematar imóveis em leilão deve sempre ler atentamente o edital de cada lote e verificar detalhes como ocupação, eventuais débitos e condições de pagamento.

A própria Leilão VIP recomenda essa leitura cuidadosa e consulta jurídica prévia, para compreender implicações como procedimentos de desocupação ou responsabilidades por dívidas vinculadas ao imóvel​.

Decisões Judiciais Recentes Garantem Mais Segurança

Nesta semana, mudanças no cenário legal chamaram atenção e trazem impactos diretos para o mercado de leilões imobiliários.

Em decisão publicada no último dia 28 de abril, a 3ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) fixou um entendimento importante sobre a fase de arrematação: o pedido de reavaliação de um bem penhorado só pode ser feito antes da conclusão da adjudicação ou do leilão (arrematação)​.

Ou seja, após o imóvel já ter sido arrematado pelo comprador ou entregue ao credor, não cabe mais solicitar nova avaliação do bem.

No caso analisado, um devedor tentou anular a arrematação alegando que o imóvel havia valorizado nos quatro anos desde a última avaliação, mas o STJ negou o pedido.

A Corte manteve a validade da arrematação e ressaltou que tentar reavaliar o bem tardiamente fere os princípios da boa-fé e da segurança jurídica​.

Essa decisão traz estabilidade aos leilões judiciais, garantindo aos investidores que uma arrematação não será desfeita futuramente por questionamentos de valor, desde que não haja vícios graves no processo.

Outra decisão de destaque – esta tomada ao longo do mês de abril – veio da 2ª Seção do STJ e tem grande impacto no mercado imobiliário como um todo.

O tribunal decidiu que imóveis financiados (com alienação fiduciária) podem ser penhorados para quitar dívidas de condomínio​.

Antes, havia dúvida se o fato de o imóvel estar financiado (e vinculado a um banco) impediria a penhora por cobrança de taxas condominiais.

Com o novo entendimento unificado do STJ, ficou claro que o condomínio pode levar esses imóveis a leilão mesmo havendo financiamento em vigor – ampliando, na prática, o alcance das cobranças.

Para investidores, essa decisão significa que mais imóveis inadimplentes em condomínios poderão aparecer em leilões judiciais, inclusive unidades que ainda estão sob financiamento bancário.

É uma mudança relevante: embora seja preciso cautela redobrada ao arrematar um imóvel nessas condições (avaliar como ficará a quitação do financiamento junto ao banco), a possibilidade abre um leque maior de oportunidades no mercado de leilões.

Em suma, as recentes resoluções do STJ favorecem a segurança e a liquidez no ambiente de leilões, dando confiança tanto a credores quanto a arrematantes.

Tendências de Mercado e Panorama no Rio de Janeiro

Os últimos dados do mercado imobiliário indicam tendências importantes nos leilões que os investidores devem observar.

De acordo com a ADEMI-RJ (Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário), houve um aumento de 75% na oferta de imóveis financiados pela Caixa Econômica Federal disponíveis em leilão, alcançando mais de 25 mil unidades retomadas por inadimplência​.

Em outras palavras, o volume de propriedades que voltaram para os bancos e estão sendo leiloadas cresceu substancialmente.

Apesar do crescimento no número de imóveis retomados, a associação aponta que os leilões se consolidaram como uma alternativa de investimento cada vez mais aceita – isto é, comprar imóveis em leilão deixou de ser algo de nicho e tem atraído um público maior, incluindo investidores profissionais e pessoas físicas em busca de oportunidade​.

Um dos motivos é o potencial de retorno financeiro: imóveis arrematados em leilão costumam ser adquiridos com descontos de 40% a 60% abaixo dos preços de mercado tradicional, segundo dados da plataforma Jusbrasil.

​Esse abatimento significativo permite que, mesmo após gastar com eventuais reformas, regularização de documentação ou despesas jurídicas, o investidor ainda tenha uma margem de lucro considerável ou adquira o bem por um custo-benefício muito superior ao de uma compra convencional.

Além disso, a popularização dos leilões eletrônicos ampliou o alcance de interessados e facilitou a participação – hoje é possível dar lances de qualquer lugar, o que aumentou a concorrência nos certames e trouxe mais transparência aos processos​.

No Rio de Janeiro, especificamente, observa-se um interesse crescente por parte de investidores locais e de outros estados nos leilões de imóveis urbanos, seja para revenda, locação ou mesmo desenvolvimento de novos empreendimentos nos ativos arrematados.

Vale destacar também a participação ativa de grandes instituições nesse mercado: além de Itaú e Bradesco nesta semana, outros bancos e órgãos públicos vêm promovendo leilões regularmente.

O Santander, por exemplo, anunciou recentemente leilões de dezenas de imóveis residenciais e comerciais com até 63% de desconto, incluindo unidades no Rio, e ofereceu condições facilitadas como financiamento em até 35 anos e imóveis livres de débitos de condomínio e IPTU​.​

A própria Caixa Econômica tem realizado megaleilões ou vendas diretas de imóveis retomados, muitos deles no estado do RJ, como parte da estratégia de liquidação de carteira imobiliária.

Esses movimentos dos bancos significam que o estoque de imóveis em leilão deve continuar alto nos próximos meses – o que, do ponto de vista do investidor, representa mais oportunidades de garimpar bons negócios.

Por outro lado, um mercado aquecido também exige análise criteriosa: diante de tantos lotes disponíveis, é essencial selecionar aqueles com melhor potencial e calcular todos os custos envolvidos para garantir que o desconto compense eventuais riscos ou pendências.

Conclusão e Dicas ao Investidor

Em síntese, a semana trouxe um cenário bastante positivo para quem investe (ou pretende investir) em imóveis via leilão no Rio de Janeiro.

De um lado, grandes oportunidades despontam com leilões extrajudiciais de bancos oferecendo imóveis variados a preços muito abaixo do valor de mercado – uma chance de adquirir ativos com excelente margem de valorização.

De outro, as novas decisões judiciais reforçam a segurança e a clareza das regras do jogo, reduzindo incertezas quanto à validade das arrematações e expandindo o universo de imóveis leiloados (incluindo aqueles com dívidas condominiais, antes pouco acessíveis).

Some-se a isso as tendências de mercado indicando aumento de oferta e digitalização dos leilões, e temos um ambiente fértil para investimentos imobiliários não convencionais.

Para aproveitar esse momento, o investidor deve manter-se bem informado e agir com estratégia. Isso inclui:

  • Acompanhar os editais e calendários de leilões semanalmente, identificando com antecedência os lotes promissores no RJ e região.
  • Estudar cada imóvel de interesse – verificar sua situação (ocupado ou desocupado, estado de conservação), eventuais dívidas vinculadas (como IPTU, condomínio) e condições específicas de venda impostas pelo leiloeiro ou juiz.
  • Atentar às condições de pagamento: alguns leilões permitem parcelamento ou financiamento bancário, o que pode aumentar seu poder de compra, mas é preciso calcular juros e assegurar que a estratégia faz sentido no seu plano de investimento.
  • Considerar os aspectos legais: com as recentes decisões do STJ, o terreno está mais firme para arrematantes, mas é prudente contar com assessoria jurídica principalmente em casos complexos (por exemplo, imóveis ocupados por antigos proprietários ou com disputa judicial em andamento).
  • Ter disciplina financeira nos lances – definir um teto de valor para dar o lance, evitando a empolgação que pode corroer a vantagem do desconto. Lembre-se que o lucro de um investimento imobiliário é garantido na compra (ao pagar barato), e não apenas na venda.

Em um mercado imobiliário carioca que dá sinais de retomada, os leilões surgem como um caminho alternativo para adquirir bens com preços diferenciados.

Investidores preparados, com olhar apurado e informação em mãos, podem transformar essas oportunidades em ativos lucrativos, seja para revenda futura, geração de renda com aluguel, ou mesmo desenvolvimento de novos projetos.

Fique de olho nas próximas praças e bons negócios!

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